Tuesday, April 28, 2009

119 / Acredito Que Sim

Francisco de Oliveira Pereira, Director Nacional da Polícia de Segurança Pública, deu uma entrevista ao Jornal de Notícias [28ABRL09]. Como estas coisas não acontecem por acaso, por aqui, desconfia-se. Não daquilo que o DN disse. A entrevista, aliás muito inofensiva, tanto nas perguntas como nas respostas, pouco ou nada diz daquilo que já não se saiba, ou sabia. Nem à suposta pergunta polémica sobre os sindicatos, a resposta deixou de ser normal, real, límpida e... politicamente correcta:
«JORNAL DE NOTÍCIAS: Há actualmente nove sindicatos na PSP, como lida com esse número?
OLIVEIRA PEREIRA
: Esse número desagrega um pouco o tecido policial, porque são muitas pessoas, tem a ver com a operacionalidade da polícia por razões que mexem com o gozo de licenças, o gozo de créditos, tudo isto tem implicação no próprio serviço. Quando há uma esquadra que tem sessenta homens e em que dez são sindicalizados e que têm direito aos créditos, naturalmente que isto vai ter implicações do ponto de vista operacional».
«JORNAL DE NOTÍCIAS: Mas isso acontece?
OLIVEIRA PEREIRA:
Não sei se agora acontece, mas sei que aconteceu e não foi há muito tempo».
Então o que é que faz o Nosso Homem a Nossa Esperança dar uma entrevista destas? Será porque fez um ano que tomou posse? Não nos parece. [ver mensagem 51 / Francisco de Oliveira Pereira - 14MAR08].
A resposta é assaz simples: o Nosso Homem ou anunciou a sua retirada ou ameaçou com a sua retirada. Se foi anúncio, é porque perdeu a guerra com a administração central na defesa dos seus Homens; se foi ameaça é porque a guerra ainda vai no adro e é um sinal para confiarmos.
Até porque à pergunta mais importante da entrevista, «Então os polícias manifestam-se porque se sentem descontentes?» a resposta não podia ser mais conclusiva:
«Acredito que sim».

4 comments:

Anonymous said...

«Então os polícias manifestam-se porque se sentem descontentes?» a resposta não podia ser mais conclusiva:«Acredito que sim».

Ora aquilo que para si é conclusivo, para mim é uma resposta politicamente correcta, sem mal com a tutela nem com os subordinados. Em vez do "acredito que sim" deveria ter sido CLARO QUE SIM.

policia portuguesa said...

ACREDITAR = Estar convencido da veracidade = dar crédito = afiançar = avalizar = garantir, etc., etc.
Clararíssimo não?

Anonymous said...

claro

adj.
1. Que se vê bem.
2. Que vê bem.
3. Que deixa ver bem.
4. Que se entende bem.
5. Que se ouve bem.
6. Que tem boa claridade.
7. Límpido, transparente, não turvo.
8. De cor muito pouco carregada.
9. Sem nuvens.
10. Não trigueiro.
11. Evidente.
12. Poét. Ilustre.
13. Taurom. Boiante.
s. m.
14. A parte mais alumiada de um objecto, de um quadro.
15. Ponto em que rareia ou não há o que existe em redor.
16. Espaço em branco num escrito.
17. O que não deixa dúvida.
18. Em claro: sem dormir.
19. Sem citar.
adv.
20. Com clareza; distintamente.

Qual é a parte que é menos clara para si..

Franco said...

O que é certo (ou claro ou credível, o que importa?!) é que o «Nosso Homem» ou está a preparar a saída (o que é muito mau) ou está a pressionar o governo, ameaçando com a saída. E se o Homem sai, lá vem um Dr. de Gravata a «tomar conta» da malta, o que, face às anteriores experiências (menos mal o Belo Morgado, mas este tinha o Euro 2004 como meta e muitos €uros para gastar)iremos expecializar-nos a navegar em toldadas águas profundas.