Tuesday, October 28, 2008

96 / Estava à Toa na Vida e o Meu Amor Me Chamou

A situação não é nova. Ainda no último post se falava disso. Há uma crescente disponibilidade para os nomeados tenderem a dar nas vistas, sobretudo pelos piores motivos. Mário Mendes, Secretário-Geral do Sistema de Segurança Interna, se o pensou, não devia ter dito. Dizendo-o, deveria ter pensado nas consequências. Agora, vir dizer, que estava na praia, que havia sol a mais na altura que aceitou o cargo… A ligeireza com que se fazem certas afirmações, deveriam desde a primeira hora ser escrutinadas: «Ai estava na praia? Estava ao sol? Então volte para lá! Está demitido!» Era assim que avançávamos. Era assim que evoluíamos. Mas não. Fica tudo na mesma. Mas, não contente, põe em marcha as suas intenções: uma polícia unificada! Bem, não é bem unificada, é só uma tutela única. Pura fantasia!!! Depois, há zonas da cidade de Lisboa que evita. Mais uma vez se o pensou, não o deveria ter dito. Se o fez poderia ter ficado calado. Um ponto positivo nas suas afirmações: «A Polícia perdeu a rua». É verdade. Mas porque alguém, há muito tempo atrás, perdeu o juízo.
(E, se alguma vez este país foi alguma coisa, foi de velhos e certamente não é para velhos.)

Tuesday, October 21, 2008

95 / É do ...

Alípio Fernando Tibúrcio Ribeiro tomou posse como Inspector do Ministério Público. A propósito da sua saída da Polícia Judiciária, transcrevemos aqui o nosso post 67/ Tibúrcio, de Maio deste ano: "Este senhor, que era Procurador Geral no Porto antes de se tornar Director Nacional da Polícia Judiciária, teve todas as oportunidades de se demitir. Este senhor deu todas as oportunidades ao Governo para o demitir. Mas nunca aconteceu. No caso McCann, para além de o ter praticamente deitado abaixo, e com ele o nome e o prestígio da PJ, ficou danado com umas observações -correctíssimas- dum Inspector e demitiu-o. Nas noites do Porto, ao ser nomeada uma equipa especial, deveria ter-se demitido. Não o fez. Ele andava à procura. Finalmente encontrou: após a aprovação da nova lei orgânica da PJ, em que o mesmo obviamente participou, o primeiro comentário que faz à mesma é dizer que a PJ afinal deveria mudar de Ministério. Já dizia o outro: «calado és um poeta!»" E agora vai inspeccionar, entre outras, a Direcção de quem foi director? Onde chegou a pouca vergonha, falta de ética, verticalidade, bom senso, siso, oportunidade.... Tsst!, Tsst!, Tsst. Assim não vamos lá.

Tuesday, October 14, 2008

94 / Então?!...

O Comando Distrital de Viana do Castelo da PSP instaurou processos disciplinares a 18 agentes daquele Comando, por estes não terem permanecido num local para que foram convocados. Se os processos foram instaurados é porque há a forte convicção que 18 (dezoito) agentes não cumpriram com o seus deveres. Ou, quem fez a análise da situação, não estará no seu juízo perfeito. Seja como for, este caso não pode ficar por aqui. Há que haver consequências. Tanto faz que seja para um lado ou para o outro, ou para ambos. Tem que haver consequências. Relembra-se aqui, que há dias, no Algarve, foi dado um outro sinal de idêntica intensidade e até agora... nada. É caso para perguntar ao Sr. Director Nacional da PSP: Então?!...
NOTA FINAL: O Sr. Comandante de Viana do Castelo que dá tantas entrevistas a Jornais e Televisões, desta vez diz que não presta declarações.

Sunday, October 12, 2008

93 / Juízes de Fora - Parte II

Em Dezembro de 2007, fizemos um apontamento a propósito do Sr.Procurador-Geral da República (PGR), Pinto Monteiro, ter nomeado a Procuradora Maria Helena Fazenda, de Lisboa, para dirigir e coordenar a investigação de todos os inquéritos relacionados com os crimes da noite portuense [ver Mensagem 21 / Juízes de Fora]. Tem trabalhado em silêncio e, parece-nos, produzindo efectivamente trabalho de qualidade. O seu silêncio e low profile vale mais do que ouro. Tal como dizem os ingleses: «No news is good news». Por maioria de razão... quando há notícias, é porque estas são más. O computador portátil foi-lhe roubado. O seu hard disk tinha que ter informação do valor do peso do seu silêncio. Não adianta vir dizer que lá não havia nada de importante, pois ninguém quer ter a imagem da senhora, a levar um portátil consigo, só para consultar sites [eventualmente duvidosos] na net ou para praticar uns joguinhos com o CR7. Obviamente que o seu portátil estava cheio de coisas importantes. Quanto mais depressa admitir melhor. Já agora, a talhe de foice, pergunta-se: será que os Magistrados conhecem a legislação SEGNAC no que diz respeito a matérias classificadas? É que o Ministro da Defesa Paulo Portas, desconhecia [ver Mensagem de Novembro de 2007, 14 / Perigosa Rapina.]

Thursday, October 9, 2008

92 / Secreta[rio]

Tomou posse o novo Secretário-Geral do Sistema de Segurança Interna, vulgarmente conhecido por SISI. Na sua posse, Mário Mendes garantiu que não vai interferir com as competências atribuídas aos responsáveis pelas forças e serviços de segurança. Afirmou que «nunca (...) confundirá minimamente com as competências que são atribuídas [às polícias e forças de segurança], respeitando as competências próprias e a organização hierárquica (...)» Na altura, MM, Juiz Conselheiro, pediu a colaboração do Comandante-Geral da GNR, do DN/PSP, do DN/PJ e do Director do SEF.: «Peço-vos a vossa inteira colaboração, estando certo que ela será dada sem reservas, porque conheço há muito tempo a vossa maneira de estar e de agir», disse. MM fez notar ainda que, no exercício das suas funções, não haveria qualquer interferência ou invasão com o Ministério Público. Policíadas deseja um bom trabalho e um... seja bem vindo a este lado da barricada.

Wednesday, October 8, 2008

91 / Cada Um no Seu Lugar

Cada macaco no seu galho. Homem é Homem e bicho é bicho. Gordo é gordo e magro é magro. Noite é noite e dia é dia, embora Dia possa ser noite e dia. Um Polícia é um Polícia e um Magistrado é um Magistrado. Afinidades, amizades, cumplicidades e outras idades são coisas que não se misturam. Tal como Polícias e Jornalistas. Não há acordos tácitos, nem conhecimentos antigos. Não há vozes off, nem combinações para amanhã. Não há condescendências nem compreensões. Não há reuniões privadas de nivel 1 e reuniões de nível 2. Não há bons nem maus, tanto Magistrados como Polícias. Só há profissionalismo, seguir as regras e no fim, se sobrar tempo, poderemos ir beber uns copos. Mas cada um paga a sua.