Thursday, January 15, 2009

109 / Personalidade do Ano

Ao indicarmos DOM JOSÉ, lider da Igreja Católica em Portugal, como personalidade do ano, não o estamos a fazer pelo catolicismo, não o estamos a fazer pela religião. Ao fazê-lo, em Janeiro, mais absurdo parece; mas não é. O Homem veio ter com o seu rebanho e disse dos males que cada um poderá vir a padecer se se tresmalhassem. Foi mais longe e falou nos perigos das mulheres católicas abraçarem, romanticamente, o casamento islâmico. Indicou quais os perigos, dessa relação. O mundo Islâmico português mostra indignação, estupefacção. Acham que DOM JOSÉ foi radical e que o islamismo é mais do que indivíduos radicais a fazerem umas asneira pelo mundo. Pois, mas DOM JOSÉ, como líder, sabe que quem rege o mundo islâmico, o terrorismo, as burkas, as discriminações, não são os moderados, são os radicais, os românticos, os homens das cruzadas como outrora o cristianismo teve. DOM JOSÉ sabe do que fala.
Pela frontalidade, pela coragem, pela verticalidade, pela liderança e acima de tudo pela protecção do seu rebanho, para homens como nós, polícias, crentes ou não, em qualquer religião, funcionando em hierarquia, ver que ainda há quem esteja disposto a perder a postura do politicamente correcto e vir defender uma estrutura, uma cultura, um modo de vida que está constantemente a ser posto em causa, porque se sente acossado, só podem merecer a nossa admiração.

Sunday, January 11, 2009

108 / Fernanda inCÂNCIOquente

«Um polícia matou um rapaz. Em horas (minutos?), a versão DO polícia passou a versão DA polícia». Pergunta-se: porque não? Deveria ser, ainda que por dias, ainda que até trânsito em julgado, que não ofenderia ninguém. O arguido goza de presunção de inocência. Fernanda Câncio, cronista da revista notícia, aos domingos, e que também escreve no DN às sextas, espanta-se que a versão de polícias ajuramentados, representantes duma polícia nacional, armados, com meios postos à disposição pelo Estado, opinem e façam valer uma versão de determinados factos. Vai mais longe quando põe em causa a forma como foi recolhida a prova. Ela não sabe, talvez porque não lhe tenham dito, e então especula em torno de factos que ela entende estarem adulterados. Para ela não há presunção de inocência. Estamos a falar, para quem ainda não percebeu, do tal rapaz que levou um tiro na cabeça, a partir de uma pistola empunhada por um polícia, por um autêntico Orgão de Polícia Criminal. A crónica de FC no DN de 9 de Janeiro de 2009, sexta feira, é quase um manifesto, não contra a Polícia, mas contra todos os polícias individuais e sem poder de defesa. Para ela, o que lhe está entalado na garganta, é um polícia, uma pessoa singular, individual, trabalhando na polícia para a sociedade, para defender os bons, poder ser considerado inocente, repete-se, ainda que possa ser só até trânsito em julgado. O Facto, arrepia-a. Para ela, a praça pública deveria ter linchado o polícia. Deveríamos ter uma Grécia aqui em Portugal. Sr.ª FC, desculpe que lhe diga: por uma vez, aqui, neste blogue vai-se dizer exactamente o que nos vai na alma: para nós, para muitos de nós, foi um mitra que levou um tiro nos cornos e se fodeu!

Saturday, January 3, 2009

107 / Uma Coisa é Uma Coisa e Outra Coisa é Outra Coisa

Correio da Manhã, 2 de Janeiro de 2009, Página 51, Discurso Directo, PAULO RODRIGUES, Pres.Ass. Sindical dos Profissionais da PSP.
"CORREIO DA MANHÃ - A PSP está em condições de reforçar o combate ao crime violento, conforme desejos expressos pelo Governo e o Procuradoria-Geral da República?
PAULO RODRIGUES - A forma como a PSP está tratar o efectivo, e as condições humanas e de equipamentos que a corporação reune, não permite pensar que estaremos em condições para reforçar o combate ao crime violento.
CORREIO DA MANHÃ - Que se impõe fazer?
PAULO RODRIGUES - É preciso reforçar os investimentos.(...)
CORREIO DA MANHÃ - Qual o papel da PSP no combate ao crime violento?
PAULO RODRIGUES - É errado pensar que a Polícia Judiciária deve ter o monopólio no combate e na investigação do crime violento. A PSP tem uma estrutura de investigação criminal montada, e que trabalha com resultados visíveis (...)".
Afinal em que é que ficamos? Quando é para bater na tutela não valemos nada e falta-nos tudo e quando é para [mal] nos compararmos [com a PJ] já somos os melhores?

Thursday, January 1, 2009

106 / O PREOCUPADOR GERAL

Ser PROCURADOR é ter que tratar com cuidado de negócios alheios, administrar, governar, fazer expiações, afastar, desviar uma coisa funesta. Em bom português é o que deve fazer qualquer indivíduo que represente juridicamente qualquer pessoa, para além dela própria. É para isso que lhe pagam. Na Lei Orgânica do Ministério Público [ ESTATUTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO Aprovado pela Lei nº 47/86, de 15 de Outubro com as alterações introduzidas pelas Leis nºs 2/90, de 20 de Janeiro, 23/92, de 20 de Agosto, 10/94, de 5 de Maio e 60/98, de 27 de Agosto ] no seu artigo 12.º, encontram-se descritas as funções do Procurador Geral da República. De todas elas, não se viu lá escrito, por mais voltas que se desse ao texto, a função de ser o indivíduo que se encarrega de alarmar as populações. O PGR quando fala, a sua imagem serena e séria, traída pela sua pronuncia beirã, faz com que as coisas sérias que diz o não pareçam tanto. Mas quando o PGR insiste em vir falar daquilo que não deve, e começa a fazer de tarólogo, as coisas complicam-se. Vejamos: no Correio da Manhã [30.12.08] vem assim - «PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA ALERTA "Criminalidade vai aumentar"; o próximo ano poderá ocorrer em Portugal "uma explosão de violência"; "Sempre que que existe uma crise social, um dos factores que dispara é o desemprego, disparando imediatamente a criminalidade".» Então, Senhor Procurador!!! Não é preciso ir a Coimbra tirar um curso para se saber disso. O que nós queríamos saber, é se o o Sr. PGR vai fazer alguma coisa. Que medidas vai tomar para afastar, desviar e combater a coisa funesta? O que é que vai fazer? Entretanto se nada fizer, ao menos não se transforme no PREOCUPADOR GERAL DA REPÚBLICA.