Thursday, November 12, 2009

130 / Novamente as Avaliações

De tempos a tempos, um qualquer sindicato, querendo ter algum protagonismo, resolve dar ouvidos a alguns cabides e, por arrasto leva tudo a eito. Os jornalistas agradecem. Vários jornais e rádios, têm vindo a tentar «provar» que há uma caça à multa na PSP. Finalmente conseguiram a dita prova, como diz o PÚBLICO na sua edição do dia 12. Mas que prova fizeram? Um cabide a quem lhe foi dado um 4 na avaliação individual, fez-se de mártir, o seu sindicato(???) deu-lhe cobertura e os jornais puseram a cereja. Todos nós sabemos que não é de ânimo leve que se dá um 4 a um elemento policial. Mas quem dá um 4, tem é vontade de dar um 2, e quem o recebe, certamente já não deveria andar por cá há anos (nem deveria ter entrado, eventualmente). Desconhecemos o caso em concreto, mas em abstracto, sabemos todos que os "queixosos" - ou será queixinhas? - são aqueles que menos fazem pelo trabalho, mais faltam, os colegas nunca sabem nada, o supervisor é uma treta, e o comandante é um monte de merda que para ali anda. Basicamente são estes os indivíduos que os sindicatos protegem e dão cobertura.
Qual a nossa opinião quanto às avaliações? Para que conste, vejam a mensagem 53 / Avaliações, uma Questão de Geografia?,de 21 de Março de 2008.
EM TEMPO: a prova que os media falam é de um agente que alega ter tido uma má nota porque não multou o suficiente e por isso não pode progredir na carreira. Está tudo doido, ou não? E que está escrito na esquadra quantos pontos são por multa (ou C.O.) e quantas folgas tem se prender muitos mausões. Está tudo doido ou quê? Curiosamente este sindicato não falou nas comissões paritárias que servem precisamente para resolver problemas deste tipo. Será por desconhecimento ou falta de assento?

15 comments:

Franco said...

Está realmente tudo doido.

Serpico said...

Não é doidice. É apenas burrice.Da pura.
Quanto aos queixinhas, em parte são inimputáveis pois nem sabem muito bem o que dizem.
A grande responabilidade é da Instituição que lhes vai tolerando muita coisa: incompetência, buçalidade, má fé, preguiça...
Parecem uns "cães raivosos" que ainda não perdoaram ao pai por os terem "obrigado" a irem prá Polícia para ver se endireitavam.

Anonymous said...

De facto não julgo o elemento que teve um 4 na avaliação.
1º. não conheço o elemento nem o seu profissionalismo ou falta dele.
2º. parece-me descabido julgar alguém, e apelidar alguém de cabide , quando se afirma que não se conhece o caso em questão.
da mesma forma que se apelida de cabide e se julga da forma como o autor o faz, mesmo que em abstracto, desmonstra uma clara defesa do avaliador, que julgo conheça, logo a sua imparcialidade está demonstrada.
Todos nós "sabemos" e "conhecemos" casos de avaliações que em nada são justas.

Serpico said...

Também não conheço o caso,nem o avaliado ou o avaliador. Conheço muito do que cá se passa e daí que estou em sintonia com o Políciadas, na medida em que nesta Polícia onde vigora o porreirismo e o "não te metas nisso, dá lá boa nota ao rapaz senão só tens chatices", é perfeitamente aceitável depreender-se que de facto se teve 4 é porque nem 4 merecia, logo - um cabide.
Há excepções, mas geralmnte há mais casos de injustiça por se dar mais do que o merecido (avaliação).

Anonymous said...

Serpico, tal como o senhor , tambem eu conheço muito do que cá se passa, e a minha ultima frase foi -"Todos nós "sabemos" e "conhecemos" casos de avaliações que em nada são justas".- Com esta frase entenda-se:
Avaliações onde vigora o nacinal porreirismo , tal como você disse. E avaliações pela negativa, pelo simples facto de o avaliador e avaliado "terem" uma relação onde não vigora o nacional porreirismo.
Acontece que pelo facto de avaliador/avaliado não terem uma relação cordial/profissional e em consequencia de tal relação o avaliador vai-se "vingar", logo este sistema de avaliação deixa de produzir os efeitos para os quais foi criada.
A minha critica ao autor do texto, surge pelo simples facto deste expressar que não conhece o caso em concreto, contudo não se coibiu de apelidar o elemento em causa de " cabide".
Na minha opinião as havaliações deveriam ser publicadas em ordem de serviço, serem claras, haver publicidade das mesmas, talvez desta forma os avaliadores tivessem mais cuidado no trabalho produzido, no que ás avaliaçõs diz respeito.

Anonymous said...

Ainda me admira que haja quem queira ir para a policia seja ela administrativa, de proximidade ou lá o que é ou até mesmo da "alto nível" como se auto denomina a judite. São sempre os mal amados. Verdade seja dita que também não fazem nada para serem vistos como defensores do povo.Arrogância,agressão física, má criação é o que se encontra todos os dias por este país fora. Agora até está na moda andarem mal fardados, cabeças rapadas tipo skin, com ar de rambos, sem cobertura de cabeça,tipo gingão. Em alguns casos até penso andar no Iraque ou Afeganistão. Se realmente as avaliações forem justas e objectivas poucos serão os que atingirão o mínimo.Que saudades quando vejo imagens do antigamente com policias bem fardados e lembrar-me da ronda do sub-chefe e a consequente apresentação formal do policia de giro.Outros tempo, outra gente.

Anonymous said...

A avaliação é outra história como a dos louvores, sem tirar mérito àqueles que são dados a alguns elementos a quem são bem atribuídos,e justamente merecidos sei de alguns dados já á anos cuja único feito para merecer tal distinção era o elemento andar quase sempre na tasca existente á saída da porta,principalmente nos dias de folga,além de ser um pessoa.. obediente.

Anonymous said...

Serviço Sem Novidade....

http://porvezesacontece.blogs.sapo.pt/32947.html

A lengalenga do "SERVIÇO SEM NOVIDADE......"....

Anonymous said...

Pois este elemento teve 4.

Falo por mim que sai de 5 na avaliação (geral) e passei para 9 (noutro serviço).

Das duas uma ou eu não prestava ou não sabia lamber as botas ao Ex.º.

Graças a deus que alguém já o tirou da Inv.Criminal., tal era a sua competência.

Anonymous said...

pelos vistos deve ser um dos bem classificados, na minha EA, era expelicado que o melhor elemento não era o que apresentava mais serviço, mas o que evitava os ilícitos,posso ou não concordor com o seu ponte de vista, não considero que norma se possa apelidar de lengalenga.

Anonymous said...

Por acaso sabiam que houve em tempos uma informação anual confidêncial, obrigatória para todos os elementos dada para o CMD que era muito parecida com a actual avaliação, em que C/F de Esqª. davam inf. tais dos elementos que se fosem tidas em conta poucos reuniam condições para exercera profissão,e o CMD via-se necessidade de devolver todas para ractificar,é certo que alguns elementos não deviam cá estar, mas tem mais a ver com a selecção que é feita na entrada para a EPP, e penso muitos instrutrores não estarão á altura para poder detectar indivíduos indesejáveis, concordo não ser tarefa fácil,porque eles sabem interpretar o papel de manter duas faces, ser solícitos, até muito caústicos, exigentes e críticos mesmo para com os colegas,por vezes

Visionnaire said...

Esta é a minha ditosa pátria
minha amada. Não.
nem é ditosa
porque o não merece.
Nem minha amada
porque é só madrasta.
Nem pátria minha,
porque eu não mereço
a pouca sorte
de ter nascido nela(...)

(já dizia
Jorge de Sena 1919-1978)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_de_Sena

Anonymous said...

Bruno Lameiras

Boas…

Pese embora nada tenha em particular contra as avaliações, confesso-me defensor de algo que distinga quem trabalha, de quem nada faz. Como? Desconheço, não faço a mínima ideia.

Julgo, embora não passe de uma opinião, que o objectivo das avaliações foi tentar que todos se esforçassem, todos trabalhassem, todos dessem o litro, contudo o resultado prático foi rivalidades entre colegas.

Também me parece, que não existe um conceito geral dos valores a atribuir por cada CMDT. O conceito de 9 valores para um, não é o mesmo para outro.

Como se isto não bastasse para algum a falta de companheirismo que prolifera pelas Esquadras / Departamentos deste Pais… chegam os subsídios…

"e porque nós fazemos isto e aquilo", "porque aqueles fazem aquilo e o outro", "há quem receba não quantos euros para isto e nós nada recebemos"…

Em suma, mais um atrito, mais confusão, mais guerras…

Cumpz a todos

Serpico said...

Alguém aqui escreveu: "Que saudades quando vejo imagens do antigamente com policias bem fardados e lembrar-me da ronda do sub-chefe e a consequente apresentação formal do policia de giro.Outros tempo, outra gente."

Pois nem tudo o que brilha é ouro. Esta aparente Polícia exemplar de outrora é apenas uma visão romântica e distorcida do passado, mas que não correspondia à realidade. Muito consumo de álcool, muita incompetência e semi-analfabetismo escondidos atrás de uma excessiva autoridade, muita pedinchice, muita subserviência em relação aos poderosos, muito amadorismo, era o que podiamos encontrar se formos mais além das imagens do antigamente com policias bem fardados.

Anonymous said...

São verdade, algumas das coisas que refere, mas não serão aplicáveis na actualidade? até entendo não haveria assim tanto semi-analfabetismo alguns é que têm formado essa ideia, desconhecendo que fazem parte do rol que refere,nem são as avaliações que vão mudar nada impunha-se analizar qyestões mais intrincadas de maior relevância, que afectam o prestígio da instituição. Mas como estamos no país do 8 ou 80, se preocupa mais com o acessória que com o essêncial,antes um alcoólico era muito capaz de de um dia para outro lhe ser dito que não tinha perfil e não tinha apelo possível no outro dia, já era, a instituiç ão não não devia ter vocação de asilo ou casa de xuto, deixando arrastar casos de alcoólemia e tóxicodependencia indefinidamente,como é sabido estão cá,sabendo-se quais os locais que frequentam,com quem se relacionam as amizades que fazem,mas que nunca trazem vatagem nem eficácia ao serviço, pelo contrário.