Sunday, November 22, 2009

132 / Um Mau Princípio

É definitivamente um mau princípio: retiram-se agentes policiais dos grupos de trabalho das Esquadras. Retiram-se os patrulheiros para se criarem Pelotões Operacionais, Piquetes, EIR, SIR, BIR, (alguns dos diversos nomes para a mesma parafernália de policias ditas "especiais") que dizem servir para combater a criminalidade. Quem traçou esta estratégia, esqueceu-se certamente que a criminalidade se combate prevenindo. Temos as Esquadras esvaziadas de patrulheiros, mas com a triplicação de actividades policiais que não a de serviço apeado. Pois não se fazendo o policiamento apeado, não existindo o Patrulheiro, quebra-se o laço tradicional com as populações, perde-se a afinidde, os afectos, as informações. De tempos a tempos tenta-se dar a volta com os Programas Especiais de Policiamento de Proximidade. Revert-se o paradigma da polícia: auiloque deveria ser normal, passa a ser especial. É estranho, muito estranho. O Policiamento de Proximidade que deveria ser a nossa principal função, passou a ser uma função acessória? O crime aumenta? É preciso um policiamento especial? Mandemos para a rua elementos que têm profunda experiência no Iraque, conforme retrata a imagem de dois elementos da GNR. Continuamos a brincar, não continuamos?

19 comments:

Anonymous said...

Post "sem novidade" e mau cuidado, a precisar de um bom corretor ortográfico.

Azul Polícia said...

Tem Razão. Correcção feita.

Anonymous said...

Não é mais,do que uma estratégia política de reacção,a diferentes fenómenos criminológicos.
É o beijo da aranha negra, a uma hierarquia fraca, refém e sem estratégia.
Quando assim é, tudo é possível.
Quando ingressei nesta Instituição, diziam alguns, o melhor serviço é o que fica por fazer.
Passados que são vinte e tal anos, constacto que o círculo tende a fechar-se perigosamente.
Todos sabemos que o poder corrompe.
Esta Instituição enquanto não tiver uma liderança forte, nunca terá estratégia, logo......
Saudações policiais

Anonymous said...

Se a prevenção, deixou de existir,não só em matéria de segurança, mas em todos os sectores da vida nacional basta ver o que acontece nas estradas e aglomerados populacionais quando chove mais um pouco, se está calor a mesma coisa, nas florestas idem,isto para não me alongar,quer-me parecer que é estratégia que dá mais lucro a quem depois vai repor os estragos e a quem promove os concursos, porque é que em matéria de segurança haveria de ser diferente?no final contam-se os mortos e feridos qual prevenção!.se há uma legião de parasitas, que se formam a contar viver á conta do crime, o que seria deles se este acabasse, embora considere utópica tal hipótese.

Anonymous said...

Quando li a notícia sobre os "experientes" do Iraque e de Timor, pensei que era uma brincadeirinha de carnaval. Afinal, era a sério.
Creio, tão simplesmente, que isto é apenas dar o que o populucho quer ouvir e asim acham que estão mais seguros. "Com papas e bolos se enganam os burros e os tolos."

Anonymous said...

Bruno Lameiras

Boa noite.

Desde já, quero aqui dizer, que não passa de uma opinião, pelo que, tem o valor que tem….

Não concordo com o texto e passo a explicar porquê:

Toda essa teoria de tirar os patrulheiros das Esquadras para por em determinados serviços das quais se dá o exemplo, parece-me descabido, uma vez que os serviços que estão referidos no texto, são também de carácter operacional.

Está pois, em meu entender desajustado o patrulhamento apeado, a não ser que isso sirva para conhecer os cafés da zona e estar a fazer Policiamento de visibilidade, pois um ou dois elementos apeados estão limitados a um raio de 500 metros para cada lado, o que não acontece com patrulhas auto mobilizadas.

Seguindo o raciocínio do texto, permitam-me dizer que o crime não se combate a "mostrar polícias", isso é uma teoria política com a qual não concordo nem compactuo.

Acho portanto, que o crime não se previne só com patrulhas fardadas, prova disso é por exemplo o caso das EIC`s, onde um trabalho feito diariamente, embora se manifeste invisível, permite em muitos casos a tal prevenção a que se referem.

A título de exemplo, acabem com as EIC`s e chutem os processos todos para a PJ e depois cá estamos para conversar.

Mandem um carro patrulha a uma desordem na Quinta do Mocho e não mandem a BIR e depois cá estamos a por Betadine com fartura.

Estes são apenas alguns dos exemplos, mas poderia dar muitos mais. Querem soluções?

Pois bem, acabem com os impedidos das 09H às 17H e passem esse trabalho para civis.

Acabem com as oficinas de Alfragide.

Acabem com aquele aglomerado populacional que prolifera nos Comandos e na DN.

Acabem com os electricistas, padeiros, mecânicos, calceteiros, etc…. dentro da policia.

Assim, há polícias nas Esquadras.

Ainda em jeito de despedida e acerca do tal contacto com o cidadão e as informações, elas até chegam se forem canalizadas e não se fizer de conta que ninguém disse nada, porque muitas das vezes sentar o rabo na cadeira é muito mais enfadonho que estar no Rossio a meter conversa com gajas.

Cumps

Serpico said...

Desta vez não concordo com o policíadas. Parece-me que face à "urbanização" crescente das nossas comunidades e à importação de práticas criminais cada vez mais violentas, apostar no tradicional patrulhamento apeado é um engano.
Talvez em locais "pacificados", com baixa/média densidade populacional e onde as pessoas ainda se regem por um código moral aceite pela maioria, a figura do patrulheiro a visitar os velhinhos e os comerciantes e a fazer o papel de padre/psicologo/assistente social não me choca .
Agora, em zonas altamente povoadas/frequentadas, guetos de criminalidade e de problemas sociais e económicos, àreas urbanas de forte implementação comercial, industrial e habitacional, a figura romântizada do patrulheiro apeado é desajustada, pois não vai prevenir coisa alguma.

Anonymous said...

Realmente é verdade. Também concordo com o policiadas. Mas também concordo com o camarada que alvitra acabar com os impedimentos. No entanto deixo uma pergunta: quem faz o trabalho que esses homens fazem actualmente? Civis? E quem paga? É uma eterna questão a que ninguém quer responder. Mas que a liderança que por aí há, é fraca, disso ninguém tenha dúvidas.Contribuinte liquido

Anonymous said...

O argumento acabado e retrógado de que os "civis" (como se nós fossemos militares...), não podem desempenhar funções de secretaria, é uma pura falácia.
Toda a gente sabe que a PJ lida com matérias tão ou mais sensíveis do que a PSP (ou GNR atc...); nesse OPC as funções administrativas e não operacionais são desempenhadas pelos tais "Civis" e há muitos anos que assim é e não se têm dado mal.
Por outro lado nunca vi Inspectores a servir bicas, a arranjar carros ou a cortar cabelos.
Considero, e sempre considerarei (sem qualquer desprimor pelos colegas que desempenham essas funções pois a culpa não é deles)uma autêntica ABERRAÇÂO o Estado permitir a existências de Polícias nessas funções.
Quanto ás funções administrativas, é claro que podem ser desempenhadas pelos assistentes administrativos da função pública pagos, obviamente, pelo Orçamento Geral do Estado.
Para terminar gostei bastante da Ironia do colega em referir o fim da IC na PSP e o consequente envio do processos à PJ - Era lindo era...

Anonymous said...

a IC na psp, é uma atribuição recente,não consta que o país fosse mais inseguro,muito pelo contrário é apenas um reparo não lhe retiro mérito,é claro que existe diferença definidas estatualmente entre civil e elementos com funções policiais.

Anonymous said...

Acho muito bem. Policias fora das esquadras, já. Quando os carros pararem,param, Cortem o cabelo no barbeiro da esquina. Porquê sempre compara com a judite? Servem de exemplo para alguma coisa? Só se for pelo que ganham a mais do que os outros.

Rui said...

Os comentários, apesar de interessantes, estão a fugir um pouco ao tema, mas vamos a ambos.
Quanto à mais valia adquirida pelos militares da GNR no Iraque e Timor, para o patrulhamento na Caparica, realmente não há muito a dizer, mas percebe-se. Afinal, o que esperar de uma "Polícia", cujos líderes têm formação estritamente militar? Cujos oficiais continuam a ser formados na academia militar? Não tiro o mérito à academia, mas é uma instituição para formar militares e não Polícias. Por mais que os programas dos cursos de artilharia ou infantaria sejam diferentes do curso de oficial da Guarda, há uma outra parte da formação, não menos importante, que é precisamente a mesma - a vivência do dia a dia, durante os 4 anos de formação, é estritamente militar.
Quanto à direcção que levaram os comentários anteriores, a propósito dos Polícias, que não desempenham funções policiais ou funções que poderiam ser desempenhadas por assistentes administrativos, é um tema bem mais complexo do que se possa pensar. Concordo que temos Polícias em funções administrativas, que poderiam muito bem desempenhar funções operacionais, mas a verdade é que temos muitos outros, julgo mesmo que a grande maioria destes, que desempenham funções administrativas porque não podem ou estão muito limitados para o desempenho de funções operacionais. Falo de pessoas que, pelos mais variados motivos não podem trabalhar por turnos ou não podem desempenhar funções exigentes do ponto de vista físico ou psíquico. E aqui pergunto, se não pudessemos pôr estas pessoas a desempenhar funções administrativas, o que poderiam elas fazer? E aqui poderemos fazer a comparação com a PJ. Sim, porque na PJ também há pessoas destas. Lá também há inspectores que são mães de bebés e crianças pequenas! Lá também há inspectores que sofrem acidentes ou têm doenças e ficam limitados na sua operacionalidade! Lá também há inspectores que têm os mesmos problemas dos agentes da PSP! E o que fará a PJ a estes inspectores, já que as funções não operacionais são desempenhadas por funcionários que não são Polícias? Pois, enquanto que os da PSP são aproveitados para outras funções, os da PJ, se calhar limitam-se a andar por lá e a receber o ordenado ao fim do mês... Dá que pensar...

Anonymous said...

Bruno Lameiras

Caro Rui:

Compreendo na íntegra o conteúdo do seu comentário e quase que concordo com ele.

Digo quase, porque efectivamente cada caso é um caso, mas quando eu me refiro aos tais impedimentos, não me refiro a casos de força maior, refiro-me a rapaziada com 2/3 anos de Polícia.

Desses há por ai aos pontapés!

Quem tiver dúvidas, vá junto a um Comando e conte quantos elementos vê ali a "patrulhar" o café da frente.


Cumps

Anonymous said...

Rui:
É mais do que óbvio, também eu, à semelhança do Bruno, relativamente aos "impedimentos" me referia a pessoas jovens e saudáveis que estão nesses serviços. Há-os aos magotes...emfim
Relativemnte ao senhor que refere a IC na PSP como uma "atribuição recente"; mais uma razão, meu caro amigo, para esta valência ser valorizada e monitorizada, já agora o que quer dizer com essa do "não consta que o Pais fosse mais inseguro"?
Quanto ao senhor do "parem o carro e cortem o cabelo no barbeiro da esquina", obviamente estava-se a referir ao carro particular do Polícia, não???

Anonymous said...

Na parte que a mim me diz respeito,quer dizer apenas e só isso,não consta que o país fosse tão inseguro, aproveito para discordar com as recorrentes alusões a outras forças de segurança, devemos saber defendermo-nos e exigir sem necessidade de invocar constantemente os outros, que não são para aqui chamados, começa a ser enfadonho o bater na mesma tecla-

Anonymous said...

O carácter mais ou menos militar de determinada F.S., para mim, enquanto cidadão, isso pouco me interessa. Interessa-me é que o Polícia esteja lá quando for necessário que esteja, e que esteja lá com vontade de querer cumprir o seu dever, e que saiba o que está fazer e o faça como lhe cumpre fazer. Se andam todos rapados e equipados como qdo estavam a patrulhar as ruas na Bósnia, ou se apenas andam a arejar a farda pelas ruas do bairro, é irrelevante e é uma questão que só diz respeito internamente a cada F.S. Eu cidadão contribuinte apenas desejo que sejam profissionais e competentes.

Cidadão do Mundo said...

Cidadão do Mundo

Carps comentadores, ao verificar estes comentários fica-se agoniado, ou seja o que querem ser policias ou ser divergentes, todos devem ter um pouco de atitude, e cada um faz o que faz e de que é capaz, ora vejamos, um bom piloto de aeronaves será um bom polícia ou vice versa, quando se nasce o sol ele nasce para todos, seja para BIR, EIR, GOE, POE, EIC etc`s, e ninguém é melhor de ninguém.

Anonymous said...

Se calhar o Exm.º Comandante da GNR, até tem a sua razão em por os elementos que vieram do Iraque na Costa da Caparica, pois aquilo para quem não conhece está a tornar-se uma favela Brasileira.
Pode vir a ser muito pior do que a Famosa divisão da Amadora com os seus bairros Africanos.....

Anonymous said...

Tambem concordo, não chega só criticar e discordar,sem aprensentar soluções, não se pode cair no mesmos erros dos habituais proficiêntes políticos,analistas e comentadores,de renome da nossa praça, se há propostas vamos lá a pô-las em cima da mesa,sendo válidas.