Tuesday, March 11, 2008

50 / CarJacking

Antes de mais vale a pena explicar que só o termo «carjacking» é novo. Os anglófonos usam a palavra «jack» antes ou depois do substantivo para apontarem algo de negativo de que idiomaticamente se tira o sentido. No presente caso é «car - jack». A expressão final «ing» significa o facto em acção, tal como «talk» [falar] e «talking» [falando ou estar a falar]. Porquê esta entrada? para chegar à seguinte conclusão: querem mediaticamente criar um fenómeno novo. A seguir apontam a solução. A solução normalmente é a compra de qualquer coisa. E qualquer coisa que dá muito dinheiro a pouca gente. Dúvidas? Vamos a exemplos. PANDEMIA DA GRIPE DAS AVES: o governo fartou-se de comprar e encomendar vacinas que posteriormente foram as empresas farmecêuticas a dizer que tinham stock mas não tinham compradores. Pudera, a gripe não veio! APNEIA DO SONO: também recentemente houve um Congresso em Portugal. Concluiu-se que se pode morrer de apneia. Pudera! Apareceu logo uma empresa a dizer que tinha uns aparelhos que ajudavam no sono e que assim já não corriam o risco de morrer por falta de ar. A GRIPE QUE VEM COM O OUTONO: com a chegada do Outono, mais propriamente no fim do verão, começa a anunciar-se que o ano vai ser gripal. Por causa disto e por causa daquilo. As vacinas esgotam! Este ano, com o Inverno que temos tido, as vacinas ficaram em armazém. Às primeira chuvas, os Gabinetes de Comunicação e Marketing das empresas interessadas encheram os jornais a dizer que as gripes tardias é que eram más e perigosas. Resultado: já esgotaram! Poderíamos ir por aí com mais exemplos, mas não adianta. Retornando ao «carjacking» que afinal em bom português é roubo de viatura, estes alarmes/GPS só servem para algumas empresas venderem o seu produto. E já apareceram nos telejornais a divulgarem o produto com direito a reportagem alargada e tudo. Esqueceram-se foi de dizer que quem se dedica a esta actividade desmonta o aparelhinho em poucos segundos.

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