Saturday, May 16, 2009

123 / Nós Queremos Mas Não Queremos

QUEREMOS MAS NÃO QUEREMOS (1) - É recorrente ouvirmos falar da falta de comunicação entre Polícias. Também ouvimos falar da falta dela entre os polícias. Outras vezes não é um problema de comunicação, é mais uma questão de informação: existe, mas não serve ninguém porque, questão pura e simples, ninguém a lê!!!
Para além disso, há outras situações, que pela falta de rigor e pela falta de cuidado no pormenor, descridibiliza tudo o que venha à posteriori. A Direcção Nacional da PSP aconselhou (proibiu seria a termo correcto), quanto a nós muito bem e só peca pelo atraso, que em expediente oficial, se fale no termo «CARJACKING». Estranho é, que o Ministério da Administração Interna, continue a ter na sua página oficial "em linha", aquilo que uma força sua subordinada desaconselha a usar.
QUEREMOS MAS NÃO QUEREMOS (2) - Outra situação que começa a roçar o ridículo, é a insistência, repristinação ou criação, [consoante se mantém, recomeça algo que já havia acabado ou se inicia algo que nunca tinha existido] dos "Dia do Comando" de cariz militar. Até há uns meses atrás, poder-se-ia dizer, como ainda não tinha saído qualquer diploma que definisse a nossa (PSP) situação, que as regras [antigas] eram para manter. Não se compreende agora, após publicação de um diploma que no máximo nos diz que somos «uma força de segurança uniformizada e armada» e ainda um outro, que nos equipara, limita e condiciona as progressões nas carreiras porque somos funcionários públicos... Não é por nada, mas não se consegue imaginar uma Formatura Geral duma Repartição de Finanças, de máquina de calcular à cintura, ou mesmo uma revista aos Enfermeiros em Parada de algálea em punho e bisturi a apresentar arma. Não se trata de concordar ou não com o que quer que seja. Trata-se somente de se definir quem somos, onde estamos e para onde vamos.
Será tão óbvio, tal como todos os portugueses, nós queremos mas não queremos [ver mensagem 118 / Segurança, Sentimento e Opinião - 25ABR09].

39 comments:

Anonymous said...

Infelizmente bebe-se dos militares aquilo que não interessa e dos civís idem aspas. Podiam definir as coisas e importávamos tudo de um dos mundos, seja ele qual for. Ou já que insistem nesta situação hermafrodita, ao benos que fossem buscar o melhor dos dois mundos.

Anonymous said...

perdão, ao menos...

Anonymous said...

A PSP não tem de ser militar, tal qual as forças armadas, nem civil, tal qual os funcionários públicos.
A PSP tem mais de 140 anos de história, tem mais de vinte mil mulheres e homens, tem mais do que o suficiente para ter uma imagem própria! E a verdade é que tem uma imgem própria!
Não temos de ser iguais a ninguém. Temos de ser nós próprios!
Não é por termos formaturas que somos necessariamente militares. Veja-se que os dias dos comandos, por regra, já não são o que eram. Já não são simples paradas militares. Continuamos a ter essa vertente, se bem que com menos peso e temos muito mais que isso. Temos exposições, seminários, temos a nossa identidade!

Anonymous said...

Totalmente de acordo, além do mais a denominação de força armada e uniformizada,não é nada de novo Dec.L. 151/85.

Anonymous said...

Duas perguntas, o que ganha o povo com desfiles, formaturas e paradas? E o que ganha o serviço de polícia com isso também?

Anonymous said...

Volto a repetir, não temos de ser militares nem civis, temos de ter uma identidade própria!
Haverá algum polícia que não tenha orgulho em fazer continência ao Hino nacional? Ou à bandeira nacional? E esta continência faz de nós militares? Não tem de o fazer.
Quantos não são os polícias que há vários anos que não integram qualquer formatura? Eu diria que a maior parte deles! Não é a ordem unida que norteia o serviço policial. Nas esquadras já nem se fazem formaturas para iniciar o serviço, mas apenas briefings.
Fazemos formaturas e paradas, em momentos de celebração, apenas para assinalar e dignificar o nosso passado, do qual nos devemos orgulhar. Uma instituição sem passado, sem símbolos, sem datas marcantes, é uma instituição sem futuro.

Anonymous said...

May 16, 2009 12:10 PM

Um civil tem menos respeito/orgulho á bandeira do que V.Exª? Aprenda a pensar que já faz muito.O poder advém do saber.Através do método de repetição, se ensinam e domesticam os animais não racionais.Aplaudo de pé o Post.

Anonymous said...

Caros Senhores comentadores: prestem atenção ao post: «INICIAR», «MANTER», «RECOMEÇAR». Não é uma questão de continência mas sim de definirem o que deve(re)mos ser. Há decadas que se atrasam a publicação de normas directoras da organizção. Assim não se cresce. Para saber para onde vamos é preciso saber onde estamos. De outro modo os politicos brincam (ainda mais) connosco.

Anonymous said...

Embora pareça um assunto menor, o administrador do POLICÍADAS de vez em quando deita cá para fora coisas aparentemente inofensivas. Uma delas é precisamente a primeira parte desta postagem. Veja-se: Director da PSP proíbe determinada nomenclatura (carjacking); o MAI tem na sua página oficial indicações como um cidadão se deve proteger do carjacking. Se neste pequeno "pormenor" não houve comunicação, como será no resto?

Anonymous said...

Sou um dos principais críticos deste blog, em virtude de certos "posts" ostentarem um linha muito do "antigamente" e pouco consentânea com uma Polícia Integral e moderna.
Os ataques cerrados às especialidades funcionais (com um "gostinho" muito especial pelo ataque à Investigação Criminal) e à circulação da informação disso foram exemplo.
No entanto, e extremamente pela positiva, os últimos posts têm-me surpreendido pela sua alta qualidade. Este último disso é exemplo.
Penso que ser "meio" nunca é ser bom em nada! E na PSP temos que trilhar um caminho e esse não pode passar por ser meio civil ou ser meio militar.
Temos que nos assumir integralmente civis que é o que a actual legislação prevê já há dez anos (Lei 5/99); "FS armada e uniformizada COM A NATUREZA DE SERVIÇO PÚBLICO..."

Anonymous said...

Nunca aqui vi ataques á I C vi foi estes fazer reivindicações para uma casta própria de corporativistas, pondo de parte os demais, como se não pertencessem á mesma classe.

Anonymous said...

Desta vez até concordo com grande parte do que aqui se escreve. Parece que as coisas se começam a clarificar pelo menos em algumas mentes. A cópia é sempre inferior ao original. Não nada como uma identidade própria, uma imagem de marca, de preferência boa, claro.Mas que tenho saudades de algumas coisas do antigamente, lá isso tenho.

Anonymous said...

Eu, do antigamente, só tenho saudades do SAD gratuito e para as esposas também, da reforma mais cedo e de mais alguma autoridade que tínhamos no desempenho das nossas funções. Do resto, mesmo saudades nenhumas!

Anonymous said...

Tu és rato!!!!

Anonymous said...
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Anonymous said...

GRANDE manifestação

Anonymous said...

May 21, 2009 3:23 PM

Será que agora não vem o pagamento de horas extraordinárias?
Outra promessa de vento e lá vão os Sindicatos apanhar bonés.Aja pachorra para suportar estes sindicalistas.Vendedores de ilusões e consumidores de quotas dos associados enganados.

Anonymous said...

Aja é com "h". Haja pachorra. Só pagam por que querem. Quem obriga?

Anonymous said...

Queriam estatuto idêntico ao da função pública com a integração na nova lei de carreiras?.vocês têm muitos previlégios que os chamados FP, não têm a saber: horas extraordinárias não pagas,passam as noites de inverno na Rua ao frio e chuva,no verão ao sol abrasador, têm sábados, domingos e feriados para trabalhar,a lidar com a ralé e direito a não fazer greve, ainda querem mais regalias?!!.

Anonymous said...

May 24, 2009 4:31 AM

Obrigado pela correcção.Quanto ao pagar, eu não pago há muitos anos, mas vejo os "otários" dos pagantes a lamentarem-se, sempre na vã esperança de que os pseudo sindicalistas façam o seu dever.Enfim....quando houver elementos capazes nos sindicatos, talvez os detentores do poder, sintam a verdadeira força da Polícia.

Anonymous said...

Será um exercício interessante para os sindicalizados, especialmente de alguns sindicatos, verem quanto é que os seus representantes gastam com eles próprios, em nome do sindicato.
É porque a avaliação não lhes agrada e, quanto mais não seja apenas para chatear e mostrar que incomodam, lá vai o advogado do sindicato tratar do recurso. É porque têm processos disciplinares por situações que nada têm a ver com a actividade sindical e lá está o advogado do sindicato... É porque não gostam de qualquer coisa que os afecta pessoalmente e lá vai de recurso hierárquico e depois para tribunal... o sindicato paga!
O sindicato ou, melhor, as quotas dos sindicalizados pagam.
Reflictam sobre isto!

Anonymous said...

Podemos estar mal, mas se calhar estávamos bem pior sem sindicatos, ao sabor da (boa ou má) disposição dos (co)mandantes! Não?

Anonymous said...

Os comandantes, sempre os comandantes. São os maus da fita. Cá para mim todos deviam ser comandantes, como naquele quartel dos bombeiros do Solnado. Lá eram só sub-chefes

Anonymous said...

Alguns dos comentários aqui proferidos no que diz respeito aos sindicatos, não acreditando eu que estes com o actual enquadramento resolvam coisa alguma os seus autores deixam transparecer ser apologistas, ou defender a teoria, de que neste caso se deve perseguir o polícia e esquecer o ladrão.

Anonymous said...

Gosto de ouvir falar em falta de comunicação, só se for entre as associações (algumas) e o poder político. Se repararem com atenção o "futuro" estatuto beneficiará algumas categorias que, sabe-se lá com que artes conseguiram o que queriam, um claro exemplo de dividir para reinar. Mas situações houve (caso da progressão dos oficiais de carreira) em que a culpa não é do ministério nem das associações. De quem terá sido ? Alguém pode responder ? Obrigado. O SAD, para os familiares, poderia ser colocado nos mesmos moldes em que está o nosso (através de um pagamento de uma taxa).

Anonymous said...

A propósito das recentes alteraçõese aos principios enformadores que estiveram na base na aposentação diferênciada dos ag. da psp, dos demais agentes da administração pública , transcrevo excertos prembulares,
de dois dipolomas.
1º. Diz o Dec. 13.431/de 07/04,
Tem a experiência denonstrado que, para os agentes de Segurança Pública, o período de robustêz ùtil e eficás na via pública não vai além dos vinte anos, a não ser em circunstâncias especiais de resitência física,em que esse período pode estender-se aos 25 anos,.
Considerando que o serviço da via pública o esforço físico exigido aos graduados decresce com a hierarquia e dentro desta de posto para posto. Considerando que ao Estado compete sem prejuìzo do serviço público procurar levar ao máximo o rendimento útil dos seus funcionários:- entre outras considerações estabelece como idade máxima para o exercício de funções os 50 anos podendo ir aos 55 anos a pedido do interessado e com declaração de junta médica.
2º.- Por outro lado o Dec. nº. 21 890/932 de 22/11, que regunlamentou as aposentações até á ultima alteração diz:
-Considerando que o serviço a cargo da PSP,além de intensivo e violento sujeita os seus excutantes a acidentes de vária natureza.
-Considerando que por este motivo e porque a prática o demonstra, se reconheceu que, sob o ponto de vista de serviço útil para efeito de aposentação, são excessivas em relação a estes servidores do Estado as bases estabelecidas pelos Dec nº. 16.523 e 16.669/1929 de 02 e 27 de Março,respectivamente, estabelece este dipoloma ainda uma percentagem de 50%, sobre o tempo efectivo e a aposentação aos 55 anos de idade e 36 de serviço incluindo as referidas percentagens., independentemente de outras formalidades. Gostava que os entendidos que alteraram ou alguém esclarecesse, em que medida os pressupostos em que estiveram na base da elaboração destas leis se alteraram, e se esses pressupostos porventura actualmente não serão na actualidade ainda mais gravosos.

Anonymous said...

May 25, 2009 5:35 AM

Comandantes? Quais Comandantes? Um Comandante a sério é o primeiro defensor/guardião do bem estar dos seus comandados.Cadê eles, como dizia o brasileiro.Demonstrem a justeza dos vossos actos, caso contrário nunca poderam ser Comandantes mas sim Mandantes.Capice?

Visionaire said...

Infelizmente há muita gente dentro da Instituição que vive agarrada ao passado e pouco concentrada no serviço lá fora. É claro que eu gostaria de fazer continência à bandeira nacional, mas se Portugal fosse aquele país justo e honesto que eu pensava que era quando era pequeno. Estamos agarrados ao passado e isso vê-se no equipamento usado quotidianamente. Ainda há a mentalidade de que um utensílio tem que durar 300% a sua estimativa de vida útil. Para muitos há a preocupação somente da imagem, não importa que se faça mal, temos é que parecer bem.

Anonymous said...

É verdade que um comandante qualquer que seja o escalão de de comando deve ser o primeiro a defender o pessoal sob as suas ordens.Esta verdade verdadeira e universal contudo perdeu um pouco a sua razão de ser com o aparecimento das chamadas associações de classe. Os comandandantes/chefes ao verem-se ultrapassados nas suas perrogativas quer pelo poder político, quer pelas hierarquias superiores, pura e simplesmente negligenciaram este seu dever. Alguns se calhar até arranjaram desculpa para as suas limitações e inépcias, mas a maioria não gosta/não gostou desta "hierarquia paralela".Resultado, a indisciplina instalou-se e hoje quem grita mais alto na rua é que faz valer os seus pontos de vista ou interesses. Realmente o País "justo e honesto" que sonhou em pequeno é uma ficção, não existe. Tenha esperança que na próximo encarnação ele apareça.De8us nos livre que ocorra uma situação de crise grave no País,por que com as organizações policiais no estado em que estão e um exército de "empregados" não sei quem nos poderá valer. Se calhar os securitas!

Anonymous said...

May 30, 2009 10:10 AM

É perfeitamente possível coexistirem os dois, Comandantes e Sindicatos.Há exemplos do que digo, poucos mas há.Lamentavelmente ambos, não sabem ocupar o espaço de cada um.

Anonymous said...

A começar pelos sindicatos e muitos associados, que se julgam com funções de comando que muitas vezes criticam.

Anonymous said...

June 1, 2009 5:50 AM

Há muitos associados com craveira intelectual para exercerem cargos de comando/direcção, mas existem ainda muitos mais NÃO associados, com destreza de raciocínio,para perceber que a sua inteligência, deve estar algures para a Venezuela ou país semelhante.As lideranças são natas, por muito que lhe custe.Comandar NÃO é a mesma coisa que Mandar, aprenda homem.

Anonymous said...

Hoje em dia, a principal qualidade de um bom chefe já não é o dom de comandar. Liderar transformou-se numa tarefa muito mais complexa na qual a psicologia de estimular reacções positivas desempenham um papel essencial

Anonymous said...

Vamos lá a ser mais terra a terra, mais racionais,senão daqui a nada a hierarquia deixa de fazer sentido e deixar de os casos de parapsícologia e pensamentos do além, pensar mas não acreditar em demasia nos nossos pensamentos como fossem verdades absolutas ,deixar esses campo para os charlatões, mais vocacionados para a matéria

Anonymous said...

may 30, 2009 2: 31 AM - Não é Portugal, que está a ser injusto para consigo,são certos oportunistas, que não deviam estar nos lugares que ocupam, que ao contrário daquela teoria do presidente Americano,que é o que temos para dar ao país se perguntam o que é que o país tem para que nós possamos chular, e são cada vez mais.

Oficial de Polícia anónimo said...

Quanto se gasta com a parada militar no 2 de Julho?

Para que serve?

Propaganda!

Golpe de rins, político.

Anonymous said...

Não sei a razão de obsessão ás paradas, esse é um ritual das FS a qual devia sentir orgulho pertencer e participar,ou então quer uma instituição á sua imagem e semelhança,já se interrogou do porquê de haver missas, a toda a hora festas e romarias, procisões, ás quais nada tenho a obstar,não venha com a teotia do imotável, o que reclama já existiu, e evoliu, para o actal modelo.

Anonymous said...

July 23, 2009 11:10 AM

O Sr. só pode ter sido coronel de artilharia, tais os tiros de pólvora seca que dispara.O polícia precisa essencialmente de saber interpretar as leis, para assim apresentar os infractores das mesmas, a quem de direito.As paradas militares são bonitas e devem ser executadas pelos mesmos.Algumas FS já não são militares, apesar de ainda existirem por aqui alguns coronéis.

Anonymous said...

Que novidade, obrigado, mas demonstra desconhecer informo-o, que essa tem sido uma atribuição das Forças de Segurança desde os primórdios da sua existência.(à sua imagem e semelhança)