Monday, March 24, 2008

54 / A Posse

Ao tomar posse, o novo Director Nacional da PSP, terá certamente que ter em mente as altas expectativas que nele são depositadas. Por estar entre nós há muitos anos, por ter currículo militar e, apesar do contracenso, ter também perfil civilista. É moderno, tem boa imagem, com algumas Comissões de Serviço no estrangeiro – ainda como militar – vários empenhamentos internos com sucesso. Não fosse um acidente, teria sido o Nosso Homem Euro 2004, como já tinha sido o Nosso Homen Expo 98. É um Diplomata. Conhece burocraticamente a Polícia. Será que conhece a Polícia real? Pode não conhecer, mas conhecerá certamente os homens que a comandam, pois foi responsável por muitos deles na então Escola Superior de Polícia. Uns corresponderam às expectativas, outros superaram-se e outros ainda, aplicaram à letra o Princípio de Peter: ser promovido até ao limite da sua incompetência. Por isso, a Polícia necessita de autoconfiança, ordem e estímulos. Uma rectaguarda. A Polícia precisa de realcançar o Espírito de Corpo que tem vindo a perder ao longo dos anos, fruto de um mau investimento em gestores civis que nada sabem – nem querem saber - nem de nós nem sobre nós. Precisamos uma Polícia que acaricíe os seus elementos tanto no activo como na aposentação, na saúde e na doença. Precisamos de uma Polícia que castigue os maus e reconheça os bons. Precisamos de uma Polícia unida, cujos trajectos e tratamentos não sejam sujeitos a um arbítrio encapotado em legalismos pouco éticos. Precisamos de uma Polícia que se reveja, se identifique e se incorpore numa Farda, num Comandante, e não num grupo de gestores com roupa da moda mas sem alma. Precisamos de uma Polícia com um sistema de saúde adequado, com salubridade no trabalho. Precisamos de uma Polícia com um sistema disciplinar e disciplinador e não um amontoado de regras em que as cáfilas se escondem. No fundo, queremos aquilo para que nos é intrínseco e nos tem sido politicamente expoliado: Integridade, Frontalidade, Exigência, Ética, Tradição, Disciplina, Honra e Unidade. O Desafio é enorme e aliciante Senhor Director Nacional.

11 comments:

Anonymous said...

muita parra e pouca uva... A direcção nacional é e será sempre (enquanto existir) uma espécie de "micro-ministério"... venha qual governo vier será sempre intocável! e intocáveis são todos aqueles que dela se servem.

estou enganado?

Anonymous said...

sim caro nelson, está enganado...

a direcção nacional é feita de pessoas...

e são as pessoas que podem fazer a diferença...

Anonymous said...

qual diferença ? a de alguns para alguns ? será desta o verdadeiro espírito de corpo ? será desta que se acaba com determinadas desigualdades ? Por isto e por muito mais não me falem de mudanças.

Anonymous said...

Podemos falar, pelo menos, de um corpo estranho...

Anonymous said...

O D.N.ainda não começou a trabalhar e já é rotulado?Daqui a algum tempo o saberemos,mas por agora,valha-nos Stº Tomé!!!!!!!!!!!!!!!!!

Anonymous said...

Não será antes «valha-nos Santa Bárbara» ("só se lembram de Santa Bárbara quando troveja") porque fiz como S. Tomé e fiquei a «ver para crer»?

Anonymous said...

guarda nocturno, por aqui ?

Anonymous said...

"e são estas pessoas que podem fazer a diferença"... qual diferença? talvez agora com um novo Director Nacional... já muitos passaram por lá e pensava-se: "é desta!" qual quê... os únicos beneficiados serão sempre os mesmos. o polícia de rua nunca teve nem nunca terá nada! será sempre o último a beneficiar de alguma coisa! O novo DN vai trazer o mesmo que todos trouxeram até agora... NADA DE BOM

Anonymous said...

não vale a pena bater mais no ceguinho... resumam-se à vossa insignificância e papem aquilo que "eles" vos derem a comer...
desistam porque, enquanto não houver união entre polícias são "eles" que ficarão a ganhar.
Não temos uma forma de luta eficaz porque somos fracos. ficamos engelhados com o "secos e molhados"
agora só nos resta secar, engomar e arrumar.

Anonymous said...

A umbigomania reinante na "casa" não permite ver que as melhores soluções são as mais simples. Não é o "homem" o problema. O facto de a "cabeça" pensar que pode trabalhar sem o resto do corpo é o problema fulcral. Actualmente tudo o que se faça é feito às escondidas, veja-se o caso da discussão dos novos regulamentos. Abertos à discussão, permitir a contribuição de todos para uma solução mais abrangente, mas não, só alguns é que têm a capacidade de pensar

Anonymous said...

nem mais caro senhor... nem mais.