96 / Estava à Toa na Vida e o Meu Amor Me Chamou
A situação não é nova. Ainda no último post se falava disso. Há uma crescente disponibilidade para os nomeados tenderem a dar nas vistas, sobretudo pelos piores motivos. Mário Mendes, Secretário-Geral do Sistema de Segurança Interna, se o pensou, não devia ter dito. Dizendo-o, deveria ter pensado nas consequências. Agora, vir dizer, que estava na praia, que havia sol a mais na altura que aceitou o cargo… A ligeireza com que se fazem certas afirmações, deveriam desde a primeira hora ser escrutinadas: «Ai estava na praia? Estava ao sol? Então volte para lá! Está demitido!» Era assim que avançávamos. Era assim que evoluíamos. Mas não. Fica tudo na mesma. Mas, não contente, põe em marcha as suas intenções: uma polícia unificada! Bem, não é bem unificada, é só uma tutela única. Pura fantasia!!! Depois, há zonas da cidade de Lisboa que evita. Mais uma vez se o pensou, não o deveria ter dito. Se o fez poderia ter ficado calado. Um ponto positivo nas suas afirmações: «A Polícia perdeu a rua». É verdade. Mas porque alguém, há muito tempo atrás, perdeu o juízo.
(E, se alguma vez este país foi alguma coisa, foi de velhos e certamente não é para velhos.)