Sunday, April 13, 2008

60 / Insegurança, Sentimento de

O 'Sentimento de Insegurança' que as pessoas dizem ter, sobretudo nas cidades, poderá ter origem na falta de uma estratégia nacional de relações públicas da própria Polícia de Segurança Pública. Há uns anos atrás - vá-se lá saber por que carga de água - os Ministros da tutela passaram a querer dar umas entrevistas, sobretudo às televisões, após terem passado umas horitas numas rusgas programadas para serem filmadas. Depois [os jornalistas] a nosso convite, começaram a andar dentro dos carros da polícia. Belas reportagens. Quando não havia assunto, fazia-se para que houvesse. Depois, as Operações Stop: estradas fechadas durante horas, que terminavam [terminam] invariavelmente quando aparecia [aparece] o Sheriff para as bocas finais. Depois foi a droga: era de meter inveja ver as notas todas alinhadinhas em cima duma mesa e, invariavelmente por trás, o placard indicativo de qual a unidade especial que tinha feito o serviço. Falámos demais com os jornalistas e para os jornalistas. Pretendemos transmitir em poucas horas, ou dias, aquilo que leva anos a apreender e nem todos lá chegam. O resultado está à vista. Todos falam, todos aparecem. Dão-se entrevistas, fardados e veiculam-se opiniões pessoais e não institucionais. Os Jornalistas que andaram connosco, agora falam e são pagos pelos media como autênticos peritos da [e na] matéria. Está na hora de, a PSP, meter as mãos à obra e ser ela própria uma Agência de Informação. Fechar as portas. Começar de novo. Podemos começar por mudar a página da Internet [que diga-se de passagem, o adjectivo mais atraente para a classificar é de HORRÍVEL] tanto nos conteúdos como no seu aspecto. Deve-se apostar em Núcleos de Relações Públicas que veiculem o que é a Polícia Nacional, sem deixar de autorizar que estes actuem localmente. Concluindo, deve-se entregar a tarefa a gente profissionalmente autorizada e competente. A informação actual, célere, objectiva, acutilante e não ao contrário do que tem acontecido até agora que é informação meramente reactiva, far-nos-á donos efectivos da mesma e seus controladores. E quem controla a informação...

5 comments:

Anonymous said...

Não concordo com parte dos métodos anunciados,mas estou inteiramente de acordo com a falta de estratégia de comunicação."Uma imagem vale mais que mil palavras".Só eu sei porque tantos políticos,reinam tanto tempo..........
A inteligência nesta casa tem que ser usada.

Azul Polícia said...

Na frase, já quase no final do texto, onde actualmente se encontra escrito «Deve-se apostar em Núcleos de Relações Públicas que veiculem o que é a Polícia Nacional, sem deixar de autorizar que estes actuem localmente», originariamente a parte «sem deixar de autorizar» não vinha incluída, o que alterava completamente o sentido pretendido da frase. Resumindo, os Núcleos de Relações Públicas têm de servir uma estratégia de comunicação nacional ,mas não podem deixar de ter uma estratégia local.

Anonymous said...

ao ver este blog concluo que é pena que nem todos o conhecem, deveria ser lido por todos...
o patrulheiro e o secretário
-keep on rolling policíadas!-

Anonymous said...

Este post foi para encher. O post do autor pretende mostrar muita sapiência, mas limita-se a repetir o que a PSP já faz hoje em dia, e desde o EURO2004. Poderá ser feito melhor, mas o autor não traz nada de novo à discussão. Claro que deixando os comandos falar ao nível local vai dar sempre espaço, inevitável, para aparecerem coisas ao nível local que não estão de acordo com o nível central. Às vezes também dá jeito. De resto, temos excelentes oficiais capazes de levar a cabo esta tarefa sem pagarmos avenças a profissionais. Nem é preciso fechar nada, para começar outra vez. Que derrotismo. Será que o policiadas não vê nada de positivo na organização onde trabalha?

Anonymous said...

Não faço a mesma leitura que o «anonymous April 14, 2008 4:50 AM». O que eu entendi é que apesar de haver essa estrutura, ela não funciona convenientemente. E penso que também não demonstrou qualquer derrotismo. No mínimo foi um grito de raiva pelo que estamos a deixar que nos façam. Qualquer «coisinha» é serve para os jornais publicarem. Já mostrámos por dentro mais do que alguma vez deveríamos ter mostrado.