Tuesday, April 15, 2008

61 / Polícias, Jornalistas e Sindicalistas

No post anterior falou-se aqui na necessidade de uma estratégia de comunicação da PSP, sobretudo no que tem a ver com os media. Claro que o assunto não se esgota aqui, até porque há a comunicação interna. Mas, o que interessa agora, é focar o seguinte: a combinação POLÍCIA / JORNALISTAS não funciona. Aparenta funcionar, mas não. Quando anunciamos os resultados de encher o olho, estamos a servir mais os interesses dos jornais que os policiais. Ao contrário, a combinação JORNALISTAS / SINDICALISTAS, é uma relação perfeita: os sindicalistas tentando mostrar algum serviço (?), os jornalistas, perscrutando eventuais denúncias, veiculadas pelos lídimos representantes da classe trabalhadora, dos escandalosos e hediondos abusos praticados pelas chefias, há que publicar. O exemplo está estampado na edição da passada segunda feira, 14 de Abril, em que o JN, nas suas três edições [Nacional, Norte e Porto] acusa o Comandante do COMETPOR de ter desviado recursos humanos para o funeral de um familiar. Será que é notícia de 1ª Página? Será sequer que é notícia? A denúncia foi feita por um sindicato que entretanto mudou de pele [ou de nome].[NOTA do Policíadas: Só falámos da questão 'notícia'].

7 comments:

Anonymous said...

Claro que é notícia. Não é normal. Já não é normal que coisas destas aconteçam. O sindicatos foram os principais responsáveis por se ter acabado com coisas parecidas com estas. Sem dúvida. Poucas vezes acertam, mas no meio do monte de denúncias para aparecerem nos jornais, por vezes consenguem. Quem não aparece, esquece! Não existe, ainda que possa ser muito eficiente.

Anonymous said...

É grave, se foi assim que aconteceu. É grave ser aproveitada, a situação, da forma como está a ser aproveitada (o Sr. atinge o limite de idade dentro em breve). A quem aproveita o noticiar a notícia ? Isso é que devia ser objecto de reflexão. No entanto temos que admitir que, a ser verdade, é grave o desvio de meios do estado para outros fins, que não aqueles a que se destinam.

Anonymous said...

Temos que ver de dentro para dentro: sempre respeitámos os nossos mortos. Sempre fomos solidários com os familiares e amigos dos nossos camaradas. Sempre pedimos carrinhas emprestadas para ir prestar os últimos respeitos a quem quer que fosse. É por aqui que a coisa quebra? O Sindicato de Chefes a pedir a demissão do homem? «Quem» é este sindicato? Os Chefes revêm-se nele? Francamente...

Anonymous said...

Que me perdoem os camaradas associados do sindicato de Chefes, mas efectivamente é algo de completamente inócuo, tal como a generalidade dos nossos sindicadas desta casa que, aparentemente, só servem para dar dias… aos fins de semana, véspera de fins de sema e feriados.

Há no entanto que falar sério. Aquilo que o Srº. Comandante do Porto fez ou mandou fazer ou alguém que alguém fez por ele (o mais certo) é claramente errado e tem que ser denunciado.

Já agora julgo pertinente que se comece a denunciar a utilização abusiva de viaturas pelos Oficiais desta casa, algo que se esta a tornar perfeitamente escandaloso.

Anonymous said...

Não defendas os teus que ninguém mais defende.
Não queiram ser funcionários públicos.
Já é altura de parar de dar tiros nos pés.
Mas quem é que utiliza as viaturas abusivamente ? Casos pontuais.
A utilização da viatura é uma prerrogativa de determinado cargo, posição ou função, infelizmente não temos 22.000 viaturas....

Anonymous said...

Parece haver quem defende a coisa!!! Se ser funcionário público é não pactuar com estas tretas, então quero ser funcionário público. Tiros nos pés? Como são casos pontuais, como o comdante do Porto se está quase a ir embora, então devemos pactuar com uns abusos de vez em quando, sobretudo na hora da reforma e assim passa a estar tudo bem? Vamos lá ter juízo. Não se tratando de um caso lesa-pátria apurem-se as responsabilidades. estou convencido que foi um excesso de zelo de alguém pelo Comandante - um agrado (fica sempre bem agradar ao chefe, nem que se lhe provoque um problema público).

Anonymous said...

Conheci há uns anos um comissário que confundio o servir a PSP com o servir-se da PSP. Resumindo, usava e abusava. Tanto abusou que bastou entrar uns dias antes dois inspectores da PJ pelo gabinete para ele aparecer morto com um tiro na cabeça deitado num quarto cheio de pó.
Não aguentou a pressão?...
Que polícia é esta, ou melhor que polícias são estes. Não lhes basta o ordenado mensal?!...
Em ponto pequeno, mas este País deve rever-se no Filme "Tropa de Elite"- talvez aprendam alguma coisa.